Por mais que ele seja tuuuuudo de bom e seu trabalho à frente da marca que carrega seu nome, melhor ainda, não será dessa vez que veremos Tom Ford nas telas do cinema.
O estilista dirige seu 1º filme, A SINGLE MAN (traduzido como Direito de Amar) que estréia ainda este mês no Brasil e é apontado como uma das promessas para o Oscar deste ano.
O filme, que tem Colin Firth como protagonista numa excelente interpretação, é uma adaptação do livro homônimo de Christopher Isherwood de 1964. O filme narra o dia de um professor que não vê mais motivos para viver após a morte de seu companheiro num acidente de carro. Como o casal vivia na Califórnia, nos anos 1960, quando a sociedade ainda fingia que a homossexualidade não existia, ele é impedido de ir ao enterro. O longa é praticamente um monólogo do ator inglês, ao lado de Julianne Moore e de Nicholas Hoult (novo menino-fetiche de Ford). E mesmo com tanta tristeza, todo mundo no filme é bonito, bem apessoado, cheiroso e bem-vestido. O fato de o filme se passar na Los Angeles dos anos 1960 só ajuda o exercício do novo diretor. Para se vestir, Colin tem à disposição uma butique by Tom Ford no guarda-roupa, com paletós e gravatas impecáveis, camisas alvas e sapatos brilhantes.
Segundo Ford, “eu queria fazer algo significativo para mim. Quis chamar a atenção para aquelas coisas bem simples, que raramente apreciamos. Ficamos tão materialistas que nos esquecemos do que é importante”.
Toda bagagem que Ford acumulou durante anos no mundo da moda, ele usou no filme. Contratou a figurinista Arianne Phillips, que fez produções em outros filmes como Johnny & June (pelo qual recebeu indicação ao Oscar) e que já foi personal stylist de celebridades como Madonna e assinou alguns editoriais para revistas de moda.
Tom Ford não abandonará sua marca (focada no universo masculino), mas avisa que pretende fazer filmes a cada dois ou três anos. Segundo ele, “o cinema me ajuda a ficar com os pés no presente. Como estilista, você está sempre com a cabeça no futuro, na nova coleção, desenhando peças para daqui 18 meses. É como se o hoje nem existisse”.
Será que Tom Ford é tão competente atrás das câmeras quanto fazendo moda? Eu tenho certeza que sim!
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