Símbolo do neofeminismo muçulmano e ícone fashion da vez!
Estava outro dia lendo a Vogue RG e me deparei com essa mulher belíssima. Em todas as fotos lá estava ela com seus turbantes maravilhosos e looks monocromáticos de famosos estilistas franceses. Virei fã dessa mulher depois dessa matéria, não apenas pela sua elegância mas pela mulher que é!
Sendo assim, gostaria que vocês também conhecessem um pouquinho sobre ela...
O titulo de “Sheika” nunca havia sido usado até então. A palavra “sheik” em árabe não tem tradução mas é um titulo dado aqueles com grande notoriedade. Sendo assim, todo líder islâmico do Oriente médio vira “sheik” assim como seu marido, Hamad Bin Khalifa Al-Thani, emir do Catar desde 1995 quando deu um golpe de Estado em seu próprio pai.
Antes de chegarmos na “Sheika”, acho legal vocês conhecerem um pouco sobre o seu país e sua religião: Catar é um país pequeno com apenas 11.437 km2 porém com reservas de petróleo que garantem 15 bilhões de barris para os próximos 22 anos e é o país com a terceira maior produção de gás natural do mundo.
Em relação a religião, por um lado esse pequeno país professa a fé mais linha dura do islamismo, a wahabita – mesma que da Arábia Saudita mas por outro lado, Catar assegura em Constituição a liberdade do Credo e as cidadãs não são obrigadas a usar véu (mas a maioria ainda continua) e tem o direito de dirigir (menos as da família real que tem seus próprios motoristas).
Voltando a Sheika: Pela sua 2ª passagem pelo Brasil, a embaixadora da Unesco para a Educação deu essa entrevista ao jornalista Bruno Astuto. Hospedada no Copacabana Palace com um grupo de oito pessoas vindas em seu avião particular (claro), a comitiva usou 6 penthouses do hotel para passar os quatro dos dois dias previamente programados. Durante sua passagem por aqui visitou ONGs, deixou grande doações e comeu bastante arroz com feijão em restaurante popular!
Além de ter um coração generoso, ela tem titulo de doutora honoris, é presidente de diversos órgãos públicos que defendem o direito das mulheres, das crianças e do adolescente, sempre com foco na educação.
Temos agora uma substituta de Lady Di! Uma princesa bondosa e humilde com um lado fashionista (Vejam os looks abaixo e concordem comigo: Sheika Monah merece também titulo honoris em elegância mor não é mesmo?).
Aproveitou seus momentos de folga pelo Brasil e fez compras na Lenny, Maria Bonita e Victor Dzenk além dos 30 pares de havaiannas que comprou em sua primeira visita ao país.
Diz a lenda que a princesa casou-se bem infeliz (Lady Di 2) com o sheik em 1977 após o então emir pai do atual sheik e marido ter mandado exilar o pai dela após se manifestar publicamente contra a distribuição de renda no país. A família se mudou para o Egito, ela cresceu no Kwait e foi estudar sociologia na Universidade do Catar. Foi então quando o sheik apaixonou-se por ela e tornou-a sua segunda mulher e a única pelo qual se casou por amor. Sem poder recusar o convite de um sheik, a família retornou para a grande cerimônia no Catar e as diferenças desapareceram.
Nos dias atuais, quando está dando uma palestra, ela sempre usa a palavra “nós” se referindo ao marido em suas decisões alegando que ela faz as vontades dele.
Para o pequeno país, só existe uma sheika, Monah. As outras duas mulheres do príncipe nem aparecem em público. Cada uma de suas mulheres tem sete filhos, inclusive a nossa sheika. Em recente festa de casamento – seu caçula casou-se em cerimônia de 3 dias – mulheres assistiam à cerimônia separadamente dos homens.
Sua idade? Segredo de Estado – fica entre os 45 e 51 anos porém essa informação pode fechar as portas do país para o jornalista.
O casal quer fazer do Catar um epicentro do conhecimento islâmico.
Compraram a loja dos Al Fayed (lá vem Lady Di novamente) Harrods em estimados U$ 2 bilhões, fundaram a TV Al-jazeera – o primeiro canal de noticias 24hs por dia – aquela que recebeu os vídeos de Bin Laden como prova de sua existência, lembram? Criaram uma enorme filial de faculdades americanas, o Education City, criaram também um Museu de Arte Islâmica idealizado pelo chinês Ming Pei (o mesmo da pirâmide do Louvre) pelo valor de U$ 300 milhões, e agora estão fazendo o Museu Nacional do Catar com assinatura do arquiteto francês Jean Nouvel. Ano passado a Sheika inaugurou o Festival de Cinema de Catar em parceria com a Tribeca Enterprises de Robert de Niro.
Ou seja, Catar tem uma mulher não apenas de grande elegância e beleza exótica, mas de grande inteligência e integralmente engajada em causas sociais com foco na Educação de seu povo!
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