HISTÓRIA DA MODA: ESMALTE

O esmalte foi inventado há 5 mil anos pela dinastia Ming. A realeza chinesa usava esmaltes coloridos de acordo com as cores da dinastia contemporânea (dourada ou prateada durante a Chou, vermelha e preta durante a Ming etc.). Os egípcios também pintavam as unhas com a planta hena, marrom-avermelhada, e usavam o esmalte como indicadores de status. A rainha Nefertiti usava um veremelho-rubi e Cleópatra, um vermelho-ferrugem (rainhas bastente elegantes!), mas as mulheres das classes mais baixas só podiam usar cores claras. Evidentemente, o esmalte usado hoje não significa realeza ou status, mas trata-se de uma questão de gosto e adequabilidade - portanto, escolha com sabedoria, pois as pessoas reparam de fato. Eu reparo, com certeza.

Texto by Nina Garcia "As 100+"

HISTORIA DA MODA: PÉROLAS

FATOS CURIOSOS

1916: o joalheiro Jacques Cartier comprou a loja de Manhattan trocando um fio duplo de pérolas cultivadas pelo prédio.

1996: o fio de pérolas falsas de U$ 80 de Jackie Onassis foi vendido em um leilão por U$ 211.500.

texto by Nina Garcia "As 100+"

HISTORIA DA MODA: CAPUZ

O primeiro casaco de moletom com capuz foi fabricado pela Champion e criado para manter aquecidos os trabalhadores dos armazéns gelados de Nova York. Virou uma peça fashion nos anos 1970, quando o hip-hop começou a ganhar terreno, e os frequentadores dessa onda escolheram a roupa como uniforme.  Ganhou também uma enorme projeção, em 1976, quando Sylvester Stallone apareceu no filme Rocky- um lutador usando seu clássico casado de capuz. Ao longo das décadas, tornou-se o traje padrão para jovens, intelectuais e para aqueles que se achavam os mais maneiros de todos (isto é: os skatistas, os roqueiros punk, a galera do hip-hop, os surfistas e as celebridades que evitavam os paparazzi).

Texto by Nina Garcia "As 100+"

HISTORIA DA MODA: CHAPÉU

TRUQUE DO CHAPÉU: Confie nele. Se não o usar com confiança, todo o toque de classe se perderá.

FEDORA: Embora seja muitas vezes associado aos homens, o fedora recebeu esse nome de uma personagem feminina que usou o chapéu na peça de 1880, intitulada Fedora.

TRILBY: o nome desse chapéu também se origina de uma peça, baseada na novela de 1894, Trilby. Um chapéu desse estilo foi usado na peça na primeira apresentação em Londres e o nome ficou.

PANAMÁ: o chapéu panamá é feito no Equador, porém, durante a construção do canal do Panamá, milhares desses chapéus foram importados do Equador para os operários usarem. Em 1904, o presidente Theodore Roosevelt voltou de uma visita oficial ao canal usando um dos chapéus e, daí em diante, o modelo ficou sendo conhecido como chapéu panamá.

"Incline o chapéu - os ângulos representam atitudes"                  

Frank Sinatra

HISTORIA DA MODA: CAMISETA BRETÃO

O nome apropriado para a camiseta listrada estilo marinheiro é Bretão, uma vez que ela é originária da Bretanha, na França. Na Bretanha, os marinheiros usavam essas camisetas listradas desde a década de 1820. A original era feita de algodão tricotado muito fino e protegia os marinheiros do vento e das forças da natureza. A Marinha francesa tornou-a parte do uniforme nacional em 1858. Acredita-se que as listras azuis e brancas destacadas serviriam para localizar mais facilmente um homem que caísse no mar. Sejamos realistas, mesmo naquela época a camiseta foi feita para sobressair.

Texto by Nina Garcia "As 100+"

HISTORIA DA MODA: LACOSTE

A camisa polo era usada exclusivamente por atletas até René Lacoste, um campeão de tênis internacional, pedir a um amigo que desenhasse uma camisa de tricô de algodção de manda curta para usar na quadra.  Antes de a camisa Lacoste ser feita, o tênis era jogado com desconfortáveis camisas de tecido de mandas compridas. O apelido de Lacoste era "Le crocodile", portando o pequeno crocodilo foi colocado do lado esquerdo do peito como logotipo. Essa é supostamente a primeira ocorrencia do logotipo de uma marca ser costurado do lado de fora de uma peça de vestir. Convivemos com esse adorável crocolilo desde então.

Texto by Nina Garcia "As 100+"

HISTÓRIA DA MODA: CALÇA JEANS

JEANS DÉCADA POR DÉCADA

* ANOS 1853: a corrida pelo ouro da Califórnia. Os mineradores queriam roupas fortes e duráveis, e Leo Strauss (que depois mudou o nome para Levi) iniciou um negócio de vendas no atacado para suprir essa demanda.

* ANOS 1930: As calças jeans ganharam notoriedade quando os atores começaram a usá-las em todos os filmes populares de caubói.

* ANOS 1940: os soldados norte-americanos apresentaram os jeans ao mundo ao usá-los nos dias de folga.

* ANOS 1950: o jeans tornou-se um símbolo da rebeldia juvenil (lembre-se de James Dean no filme Juventude transviada), e as calças jeans se popularizaram imensamente entre os jovens, tanto que algumas escolas dos Estados Unidos proibiram seu uso pelos estudantes.

* ANOS 1960 e 70: os jeans eram feitos para acompanhar o movimento hippie (pintados, bordados, resplandecentes, psicodélicos, etc).

* ANOS 1980: o jeans entrou na alta moda, e estilistas famosos começaram a fazer modelos com as próprias marcas.

* ANOS 1990: as vendas caíram quando os adolescentes começaram a trocá-las por calças cáquis, de combate e de carpinteiro. Se de fato aptassem pelas calças jeans, compravam os modelos antigos nos brechós. Onde fábricas norte-americanas da Levi Strauss fecharam.

* ANOS 2000:  as calças jeans voltaram com tudo, aparecendo nas passarelas, em todas as lojas, em todas as revistas de moda. Atualmente, há inúmeras marcas para escolher e, de alguma forma, a humilde calça jeans tornou-se símbolo de status.

- O norte-americano típico possui 8,3 pares de calças jeans.

Texto by Nina Garcia "As 100+"

HISTORIA DA MODA: CÁQUI

Cáqui, a palavra hindi-urdu para cor de terra, foi inventada na Índia no século XIX. O exército britânico queria poupar as calças brancas do uniforme da poeira trazida pelos ventos fortes, então começou a tingir as roupas usando café e caril em pó. O tecido acabou se tornando o padrão para os uniformes do exército norte-americano e britânico e, mais tarde, tornou-se o favorito da alta classe e dos estudantes.

 Texto by Nina Garcia "As 100+"

HISTORIA DA MODA: CAFTÃ

O Caftã remonta ao século XIV e sempre foi o traje principal dos países do Oriente Médio e do Extremo Oriente, onde o clima exige uma roupa leve e fresca. Nos anos 1960 e 1970, quando o Ocidente tornou-se obcecado por tudo do Oriente, o caftã entrou na moda. Yves Saint Laurent apaixonou-se por Marrakech e foi o primeiro a reinventar o caftã tradicional, a torná-lo alta-costura e enviá-lo às passarelas. Com isso, os trajes seculares se tornaram a síntese dos chiques boêmios dos anos 1970. Tanto a alta sociedade quanto os universitários o adotaram, o que o tornou o uniforme favorito para sentar em um pufe, inspirar-se e discutir filosofia oriental.

De onde vem o nome...

CAFTÃ: De origem turca. Uma manta longa com ou sem mangas. Normalmente comprida e volumosa; na maior parte das vezes, feita de linho ou seda.

MANTA COM CAPUZ (djellaba): De origem árabe/egípcia. Uma túnica comprida solta, tradicionalmente usada por homens no oriente Médio.

TÚNICA: de origem greco-romana. Um traje simples e fácil de vestir. Normalmente até o joelho, mas pode ser mais curto (especialmente a túnica moderna do tipo blusa: procure no google por Tory Burch).

Texto by Nina Garcia "As 100+"

HISTÓRIA DA MODA: BOTAS CAUBÓI

As botas caubói foram "inventadas" quando um vaqueiro engenhoso levou as dele a um sapateiro e pediu-lhe que as tornasse pontudas para que conseguisse colocá-las e tirá-las do estribo com mais facilidade.

Texto by Nina Garcia "As 100+"

HISTÓRIA DA MODA: BIRKIN

Durante uma viagem de avião em 1981, a bolsa exageradamente cheia de Jane Birkin espalhou-se perto de Jean-Louis Dumas-Hermès, o que deu a Dumas-Hermès uma idéia. Três anos mais tarde, Hermès apresentou uma bolsa baseada em um modelo de 1892. Era grande e tinha o propósito de acomodar o estilo de vida moderna de Jane Birkin. Em uma ironia maravilhosa, Birkin confessou que havia parado de usar a dela, pois achava que era um perigo à saúde.

 

"Falei com o Hermès que eles eram loucos em fabricá-la. A minha estava sempre cheia e acabou me dando tendinite".       Jane Birkin

Texto by Nina Garcia "As 100+"

HISTORIA DA MODA: BOLSA 2.55

Esta bolsa icônica de Coco Chanel foi lançada em fevereiro de 1955, daí o apelido 2.55. Cada característica, do forro à alça, revela um pouco sobre Madame Chanel. O forro marrom é a cor dos uniformes no convento onde foi criada. O bolso com zíper na parte de dentro, o lugar em que ela escondia as cartas de amor. A parte de trás o lugar em que escondia dinheiro extra. As alças de ombro, que, na época, eram bem incomuns em peças de luxo, estão presentes porque Madame Chanel não via nada mais feminino do que ter as mãos livres.

"Uma garota precisa der duas coisas: refinada e fabulosa". Coco Chanel

Texto by Nina Garcia "As 100+"

HISTÓRIA DA MODA: CARTEIRA

A ideia da carteira surgiu na era vitoriana, quando as damas decentes carregavam pequenas bolsas decorativas com lenços e sais para cheirar. Somente após a Segunda Guerra Mundial é que a carteira tornou-se um dos fundamentos da moda básica. Por causa do racionamento durante a guerra, tudo tinha de ser reduzido e a carteira tornou-se o modelo escolhido pelas mulheres. Ao terminar o racionamento, elas se recusaram a abandonar a carteira e, atualmente, é uma peça essencial no armário de toda mulher chique.

Saiba quais são as preferidas das editoras de moda

CARTEIRA ELSA PERETTI, da TIFFANY

CARTEIRA DE PELO DE BICHO, DE JUDITH LEIBER

NANCY GONZALES

CARTEIRA NO FORMATO DE ESTOJO, DA CALVIN KLEIN

BOTTEGA VENETA KNOT

VBH CARTEIRA-ENVELOPE

R&Y AUGOUSTI

Texto by Nina Garcia em "As 100+"

HISTORIA DA MODA: GALOCHAS

No inicio dos anos 1880, o primeiro Duque de Wellington pediu a seu sapateiro que modificasse a bota Hessian para que ela sobrevivesse à batalha e, ao mesmo tempo, fosse comfortável para usar à noite. O sapateiro desenvolveu um modelo para a bota Wellington (também conhecida coo GALOCHA). As primeiras foram feitas em courto até 1852; a partir de então, a empresa Hunter começou a fabricar os modelos de borracha!

Fonte de texto by "As 100+" de Nina Garcia.